segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Roraima SESC FEST Rock V




O SESC FEST ROCK é um evento de rock promovido pelo SESC, em parceria com algumas bandas de rock de Roraima, que acontece todos os anos, em meados de julho/ agosto.
E na sua 5ª edição, parecendo evoluir, ao mesmo tempo deixa a desejar em algumas coisas.
O número de bandas participantes diminuiu.
O número de pessoas interessadas diminuiu.
Muitos que acompanham (sendo público ou coadjuvante) desde o primeiro, dizem que os melhores “Fest’s” (que a princípio era de FESTa, e não de FESTival) foram os dois primeiros. Sem falar nas reclamações sobre a queda de qualidade das bandas.

BUT...

Vamos falar desse ano. Essa análise é por minha conta e risco, e espero não ser julgado (nem mal-criado) por tal.


SÁBADO
A Coisa, sempre com sua principal característica, começou com seu show bem visual, com direito a caretas e fantasias exuberantes a la MR. Gal. A simpatia de Galdino compensa a voz um pouco fora de tempo. E com seu estilo cômico, mostra a que veio: divertir e se divertir.
Destaque para homenagem que fez ao seu amigo (já falecido) e companheiro de banda Marcelo Marques.

Somero - Confesso que nunca entendi tão bem a voz do Vinícius como nesse dia. Acho que a Somero foi uma das poucas bandas que dava pra entender a maioria dos instrumentos lá em baixo. Em contra-partida, lá em cima tava ruim que doía (no ouvido).

Dark Zone??

Apesar de não ter prestado muita atenção na Kadima no começo, no camarim os caras se mostraram bastante amigáveis, elogiaram o nosso som, e de quebra o vocalista ainda me deu uma benção, rsrs. Destaque para o vocalista. Quem diria que o Tiago, ex-vocalista da Estado de Coma (ou coma estate) iria aceitar Jesus, hein?!

Macaco Bong. O que posso dizer ? O som estava perfeito. Fiquei até pensando, “pô, porque o som das outras bandas não ficou assim”? Confesso que me revoltei na hora, principalmente quando um colega meu disse a mesma coisa. Os operadores daqui além de fazerem o som uma bosta, ainda são super mal-educados. Mas... voltando a banda... Espero que entendam: o baixista é muito seguro. O guitarrista tem ótimos riffs, e bases bem interessantes. Mas o baterista, putz! O cara é foda!!! Muito bom, com viradas criativas, tempos quebrados... foda mesmo. O destaque vai pra ele, com certeza. Sem falar no vocalista que... ops!
Esqueci: é uma banda instrumental. Isso mesmo. A banda é muuuuito legal. O som deles é muito bom. Mas pra um festival como o fest rock... não rola.
Não estou dizendo que o público do fest rock está acostumado somente a rock progressivo. Mas são pessoas tradicionais. E o tradicional é guitarra, baixo, bateria e ... vocal!

Sem falar que rock instrumental é muito mais apreciado por músicos. E de preferência confortavelmente sentados.
E na minha opinião faltou alguma coisa. O Macaco Bong pra mim, é como se fosse uma banda que o vocal morreu de supetão, e deixou todos na mão. É um instrumental que falta voz!

Difícil de entender, né?!
No rock instrumental é necessário ter uma voz principal. Senão vira uma trilha sonora.
Mas a banda é boa sim. Não estou dizendo o contrário.

Depois de mais ou menos uma hora de Macaco Bong, entra a banda do meu amigo Rafael Inforzzato, fazendo um especial a Slipknot. Os caras tocam muito, mas a guitarra do Michel fez falta. E o som? O som voltou a mesma merda antes de Macaco Bong!
Assim fica difícil, né?!

---------------------------------------------------------------------------------------------

DOMINGO

Taí... gostei do instrumental da Veludo Branco. Tava bem bacana. Só não consegui entender nada do que o Mateus cantou, mas tudo bem.

A segunda banda da noite foi...
Foi...
Aff, não lembro. Deve ter sido muito ruim.

Depois... a grande atração do Fest Rock desse ano: RAIMUNDOS.
Confesso que nunca vi outra banda arrastar tanta gente pro SESC como eles.
E mereceram.
Apesar da pouca voz do guitarrista Digão, creio que eles escolheram as músicas mais destruidoras da banda pra mostrar que quem é rei, nunca perde a majestade. Imagino como seria um show com Rodolfo e Fred...
Músicas como “Tora-Tora”, “Pitando no Kombão” e a queridinha “Puteiro em João Pessoa” faziam todos (inclusive eu) bangear e gritar que nem doido.
Fodástico o show.

HCL. Quem inventou isso? Me perdoe, amigo Vitor... mas sua banda, quando começou a tocar, eu fiquei com tanta dor de cabeça, que nem fiquei pra assistir o show da MR. Jungle.


Apesar de tudo, o Fest Rock desse ano estava organizado. No camarim tinha frutas, bolachas, uma mistura de queijo e presunto (acho que se chamava “queijunto”) e refrigerantes. E eu, ao contrário dos meus “coleguinhas comportados” de banda, aproveitei, rsrs.

Alguns integrantes de bandas queixaram-se que não tinha recebido camiseta. Um amigo até me perguntou, se só ganhava camiseta quem estava na organização.
Pô pessoal, já é tradição os integrantes das bandas participantes ganharem camisetas e cortesias. Ou dava pra todo mundo, ou não dava pra ninguém.
Eu ficaria puto, caso não ganhasse.
Sorte deles eu ter ganho, hein?! ;)

Outra coisa: A acústica do Ginásio do SESC mecejana é uma porcaria. O som embola mais do que no SESC centro.
E pra completar, o cara da mesa não era nada simpático. Primeiro que pra ele estar ali, ele tinha no mínimo que curtir rock. O que não era o caso.

Na última banda de sábado, quando percebi que o baixo estava estourando, e a guitarra estava baixa, eu fui lá com esse “gentil” rapaz e falei que a guitarra estava baixa. Com a pouca atenção que ele me deu (nem olhou pra mim), eu fiquei esperando ele acabar de segurar um botão lá (porque operador de som sem-futuro é assim: não importa o momento, ele está sempre segurando um botão da mesa!). De repente ele olha pra mim e, como se eu tivesse pedido várias vezes, ele diz “vou aumentar, calma, calma”.
Eu olhei pra ele e falei “eu só falei uma vez, seu mané”.

Mas.. é assim mesmo, fazer o que? Os cães ladram, mas caravana não passa. (filosófico pacas...).
Vamos ver agora ano que vem. Cujo qual não sei se vou [querer] participar.